OLÁ, EM QUE PODEMOS AJUDÁ-LO?

Aqui você tem acesso a artigos técnicos, dicas e reportagens que serão úteis para a sua produção gráfica.
Esperamos contribuir para o seu conhecimento./

Como finalizo arquivos para impressão em Flexografia?

ARQUIVOS DIGITAIS

 

Hoje a maioria dos originais chega na gráfica em arquivos digitais. Estes arquivos contém imagens, textos e/ou elementos vetoriais. E estes tem de passar por uma análise para identificar possíveis problemas e adequação com o processo flexográfico, para isto:

 

– Crie uma lista com tudo que precisa ser verificado em um arquivo digital, como dimensões, número de cores, resolução das imagens, links em anexo, fontes, código de barras,etc.

 

No caso de arquivos fechados existem programas que oferecem opções de verificação automática, chamada preflight. Este recurso ajuda bastante, mas não substitui um operador com experiência.

 

ARQUIVOS ABERTOS OU FECHADOS

 

Arquivos abertos costumam estar nos formatos nativos dos softwares CorelDraw, Adobe InDesign ou Adobe Illustrator. Alguns elementos nestes arquivos (imagens, normalmente) não vêm embutidos, mas estão apenas linkados – ou seja, vinculados a arquivos externos. Por isso, ao receber um arquivo aberto, é muito importante observar se todos os arquivos linkados foram enviados junto.

 

Os arquivos fechados são os PDFs, e dependendo da configuração que foram fechados ele não é editável. Porém, eles já trazem todos os links embutidos nele. Mesmo assim, esses originais também precisam ser analisados com muito cuidado para garantir que n.o haja defeitos que podem prejudicar o resultado final.

 

FONTES

 

Textos, a princípio, são compostos por arquivos de fontes que precisam ser enviados junto com o arquivo principal. Uma opção para evitar problemas é transformar as fontes em curvas, ou seja, transformá-las em objetos vetoriais.

 

Preste atenção às cores dos textos. Fontes reticuladas podem apresentar defeitos ao serem impressas ou dificultar o registro. Algumas cores, quando impressas sobre chapados, podem precisar de ajustes de trapping, nockout. É preciso analisar caso a caso. Recomenda-se a utilização de texto com tamanho de fonte superior a 4 pontos, especialmente quando for texto em negativo. Também se pode usar fonte em negrito para textos em negativo, porém evitando-se as fontes com serifas.

 

LINHAS

 

Evite o uso de fios com menos de 0,1mm. A linha fina isolada durante a confecção da forma de impressão ou durante a impressão pode imprimir de modo irregular devido à falta de apoio. Linhas em negativo inferiores a 0,15mm podem desaparecer.

 

VETORES

 

Sempre que possível, a arte deve ser vetorizada (em curvas) e/ou possuir texto editável para que não haja problemas de resolução. A vetorização é feita em softwares vetoriais como Adobe Illustrator e CorelDraw.

 

Vetores são linhas que definem as formas e podem ser facilmente manipuladas e ajustadas por pontos (n.s). As cores podem ser aplicadas facilmente na arte vetorial. A espessura pode ser aumentada facilmente, não importando o tamanho em que a arte será impressa. A captura e a edição de textos também podem ser feitas com facilidade.

 

IMAGEM

 

Uma imagem é formada por quadrados chamados pixels e cada pixel é constituído por um certo número de cores (normalmente nas escalas RGB ou CMYK). Estas cores são identificadas como canais. A resolução de uma imagem é determinada pelo número de pixels dentro de uma polegada (“pixels por polegada” – PPI, ou também “ponto por polegada – DPI”). Existem várias maneiras de salvar os arquivos que são criados com um certo número de canais, resoluções e espaço de cor. Esta é uma das causas de problemas de reprodução e baixa qualidade das imagens. Segue abaixo um resumo dos tipos de arquivos normalmente utilizados.

 

BITMAP

 

São arquivos de imagens compostos por pixels com apenas duas informações de cores, preto ou branco. Estes tem de estar em uma resolução alta para ficarem nítidos na forma final. Normalmente entre 600 e 1200dpi. Tons de cinza ou Arquivos Grayscale são compostos de pixels entre 1 e 256 tons de cinza. É como ver uma imagem fotográfica em preto e branco. A imagem deve ter no mínimo 300dpi e ser utilizada em 100% do tamanho. Nós escolhemos uma resolução de tela de 1,5 vezes a lineatura de impressão para uma configuração mínima.

 

CMYK (QUADRICROMIA)

 

Os arquivos de imagem CMYK são compostos de pixels com quatro canais de cores (ciano, magenta, amarelo e preto) e podem representar de 1 a 256 tons. A resolução das imagens CMYK deve ter um mínimo 300dpi se a imagem for utilizada em 100% do tamanho. Nós escolhemos uma resolução de tela de 1,5 vezes a lineatura de impressão para uma configuração mínima.

 

Uso mais comum: imagens fotográficas e ilustrações em cores.

 

RGB

 

Arquivos de imagem RGB (vermelho, verde, azul) são os arquivos de cores naturais para a medição de cor da luz. Existem três canais de 8bits de vermelho, verde e azul (RGB). Máquinas fotográficas digitais e monitores exibem em RGB. Imagens em RGB são vibrantes e mais precisas na cor. No entanto, não podemos imprimir RGB por se tratar de um espaço de cor de síntese aditiva. Para impressão, usamos a tinta que funciona em um espaço de cor 12 subtrativo (CMYK e todas as cores especiais). Arquivos RGB devem ser convertidos para CMYK e/ou cores especiais para imprimir. A alteração/perda de cor pode (e provavelmente irá) ocorrer devido às gamas diferentes.

 

Requisitos de resolução: em nosso fluxo de trabalho, imagens RGB deve ter 300dpi se a imagem for utilizada em 100% e de saída de filme em uma lineatura de 150lpi. Uso mais comum: imagens fotográficas e ilustrações em cores vistas em um monitor (e internet).

 

RETÍCULA

 

A imagem quando impressa é composta por pontos. Esses pontos são chamados de retículas. Através das retículas e suas características como, tamanho e quantidade, que o olho humano consegue visualizar as variações de tonalidade da imagem. Existem duas principais classificações para retículas, Amplitude Modulada (AM) e Frequência Modulada (FM):

 

Retícula AM

 

Chamada também de retícula convencional, ocorre em imagens quando composta por pontos que variam na sua amplitude, ou seja, em seu tamanho e mantém espaçamento constante entre eles. Resulta na sensação de áreas

mais escuras quando há pontos maiores e áreas mais claras quando há pontos menores. Em tons de cinza, quando variam na imagem sutilmente, resultam em áreas mais homogêneas.

 

Retícula FM

 

Chamada também de retícula estocástica, é a variação de tonalidade da imagem através da quantidade de pontos. Os pontos não variam em seu diâmetro, mas sim no espaçamento entre eles, quanto mais próximos e mais pontos localizados em um determinado local da imagem mais escura ser. E vice-versa. É recomendada em áreas com muitos detalhes, porém não recomendada para flexografia, pois é propícia ao acúmulo de tinta nas áreas de máximas, entupindo os alvéolos do anilox.

 

Outro método poderá ser aplicado, a retícula híbrida, é a mescla da retícula convencional com a estocástica. Na retícula híbrida utiliza-se a FM nas áreas de mínimas e com altas luzes e AM nas áreas de máximas e meio-tom. Utiliza-se cerca de 3% a 10% da FM e o restante AM. As retículas também são chamadas de ponto de meio-tom. O ponto adequado para flexografia é o ponto redondo, devido é sua forma não é propenso ao acúmulo de tinta entre os pontos, at. ameniza o aumento dos tons, mesmo n.o sendo bem aplicado nos detalhes. Atualmente com as novas tecnologias de copia de clichê existem outras possibilidades de reticulagem inclusive a mistura destas, como exemplo a retícula híbrida (ponto redondo nos meios tons e estocástica nas áreas de mínima) podem desaparecer.

Como finalizo arquivos para imprimir rótulos termoencolhíveis (Sleeve)?

Cuidados no desenvolvimento de rótulos termoencolhíveis Imprimir E-mail

Rótulos são fundamentais para a co­mer­cia­li­za­ção de produtos, facilitando a sua identificação por parte dos consumidores e, muitas vezes, contendo informações legais obri­ga­tó­rias. Entre os rótulos produzidos pela indústria gráfica há aqueles feitos sobre substratos celulósicos — papel, cartão — e os feitos sobre substratos não celulósicos, tipicamente plásticos como po­lie­ti­le­no, polipropileno e outros. Entre os rótulos impressos sobre substrato plástico há uma nova tendência para a utilização dos que se moldam ao formato da embalagem, conhecidos como termoencolhíveis. Os rótulos termoencolhíveis, também chamados de slee­ves ou mangas, são rótulos impressos em filmes que têm a pro­prie­da­de de encolher ao serem aquecidos a determinada temperatura. Ini­cial­men­te o slee­ve é aplicado como um invólucro em torno do frasco, moldando-se ao seu formato.

O início
A produção de termoencolhíveis começou na França, no início de 1970, devido à necessidade de atender às novas exi­gên­cias dos mercados de produtos ali­men­tí­cios, cosméticos, far­ma­cêu­ti­cos e de limpeza doméstica que buscavam a combinação de quatro funções em uma única embalagem: decoração, informação, proteção e promoção. No Brasil, esse processo iniciou-se em São Paulo no começo dos anos 1980, mas só ganhou espaço no mercado por volta de 1990.
O processo preferido pelos fabricantes de rótulos termoencolhíveis em paí­ses como França, Argentina, China e Chile é a rotogravura. No início de sua implantação no Brasil também foi utilizada a rotogravura. No entanto, devido à baixa tiragem dos lotes, o processo se tornou economicamente in­viá­vel, dando lugar à flexografia. Esta, além de atender bem ao mercado de filmes em geral, também tem se aprimorado na busca por melhor qualidade e já lidera esse mercado há alguns anos.

Diferencial da tecnologia
O resultado dessa técnica é um vi­sual mais atraen­te e fun­cio­nal para a peça, que se converte num poderoso di­fe­ren­cial de comunicação e, consequentemente, facilita o processo de venda do produto. Isso o torna indicado para aplicação em embalagens com perfis assimétricos ou si­nuo­sos. Sua aplicação é extremamente eficaz, atraindo a atenção de consumidores e, por consequência, tornando-se alvo de interesse de designers e pu­bli­ci­tá­rios.
Para identificar os rótulos termoencolhíveis basta observar se os mesmos estão aplicados em contato direto com a embalagem, adequando-se perfeitamente ao seu formato. O efeito decorativo pode se dar em 360° ou até com o envolvimento completo da embalagem, podendo servir de lacre para a mesma. Atual­men­te, os substratos mais utilizados para a impressão desses rótulos são os filmes de PVC (cloreto de polivinila) e o PET (po­lie­ti­le­no tereftalato). Após o processo de impressão o rótulo pode ser aplicado em embalagens de diversos tipos de materiais, como vidro, metal, alumínio e plástico.
Além disso, as embalagens termoencolhíveis facilitam o processo de segregação dos re­sí­duos no momento da reciclagem, já que eles são encaixados e moldados ao frasco e não pos­suem nenhum ponto de cola, facilitando assim a separação entre o filme impresso e o próprio ma­te­rial da embalagem.
Apesar das inúmeras vantagens dos slee­ves, os autoadesivos predominam no mercado brasileiro e muitas vezes representam um menor custo para as empresas que almejam expor seu produto no mercado. Um dos fatores que con­tri­buem para isso é o fato de que os adesivos permitem a utilização de diferentes processos de impressão. O segredo da escolha entre um e outro está na adequação, ou seja, devem ser previstos os custos e analisado o impacto de vendas que se deseja obter.
Para maior comodidade dos clien­tes, a maioria das gráficas que ­atuam nesse segmento busca fornecer soluções completas para os rótulos termoencolhíveis, como assessoria, adaptações das artes, produção, impressão e até aplicação do rótulo no frasco.

O termoencolhível na produção gráfica
Após a cria­ção da arte do produto, quando se tem uma ideia formada do resultado que se deseja alcançar, entramos na fase de pré-­impressão. Essa é a etapa na qual as operações para produção de um ter­moen­co­lhí­vel se di­fe­ren­ciam de outros produtos gráficos. O primeiro desafio de se trabalhar com a pré-­impressão de termoencolhíveis advém do fato de que a imagem que se gravou na forma e que depois foi transferida ao substrato sofrerá uma grande deformação causada pelo ter­moen­co­lhi­men­to. As provisões feitas na pré-­impressão, nos arquivos digitais, para compensar tais deformações são de­sa­fia­do­ras e únicas no mundo gráfico. Nesse sentido a distorção da arte é um ponto crítico durante o processo de pré-­impressão para termoencolhíveis.

A distorção na pré-­impressão
Existem atual­men­te dois métodos para se rea­li­zar o procedimento: o ma­nual e o automatizado. Os dois métodos necessitam que cada elemento da cria­ção esteja em camadas separadas, oulayers, pois serão distorcidos um a um de acordo com a posição que irão ocupar no frasco e do nível de deformação que aquela área sofrerá durante o acabamento (ter­moen­co­lhi­men­to).
A compensação ma­nual é um trabalho mais artístico, que necessita de testes, medições, ajustes e rea­jus­tes, fazendo uso de soft­wares de cria­ção como o Pho­to­shop e o Illustrator. Esse processo é mais lento e menos preciso se comparado ao automatizado, pois a compensação é feita elemento a elemento e totalmente manipulada pelo operador. O tempo de execução também varia de acordo com a complexidade dos elementos da arte e do próprio frasco, enquanto no processo automatizado o soft­ware faz rapidamente todos os cálculos de compensação.
Já no processo automatizado é utilizado o soft­ware Esko Art­Pro com o plug-in do Grid­Warp ou Power­Warp. Para isso, é necessário fornecer as informações da faca do frasco, assim como da arte da embalagem. Com essas informações o soft­ware calcula a distorção apro­pria­da para cada elemento em cada área da arte, sendo capaz de gerar uma vi­sua­li­za­ção em 3D. Alguns elementos podem não sofrer distorção, como o plano de fundo da arte.

O termoencolhimento no acabamento
Após a etapa de impressão dos slee­ves, seguem-se alguns procedimentos essenciais para que a embalagem chegue ao seu objetivo final e esteja pronta para o mercado consumidor.
É nessa fase de acabamento que se encontra outro grande di­fe­ren­cial, pois os rótulos são encaminhados ao túnel de encolhimento (ver ilustração acima), equipamento responsável pela ação de encolher o slee­ve em torno do frasco.
Pode-se dividir o processo de acabamento em duas etapas: a aplicação e o encolhimento.
A aplicação das mangas nos frascos pode ser feita de forma ma­nual ou automática, dependendo dos recursos disponíveis no túnel:

  • Na operação ma­nual, profissionais ficam po­si­cio­na­dos na esteira de entrada do túnel, fazendo a abertura das mangas, já cortadas, e “vestindo” os frascos, que são colocados sobre a esteira transportadora que leva ao processo de encolhimento.
  • A operação automatizada ocorre quando o próprio equipamento possui um cabeçote eletromecânico que rea­li­za as operações de corte da bobina para obtenção das mangas e já as aplica sobre os frascos dispostos na esteira em
    direção ao túnel.

Na etapa do encolhimento, é possível encontrar diferentes tipos de túneis com diferentes tec­no­lo­gias de aquecimento: elétricos, a vapor ou mistos (combinando ar quente e vapor). Em geral, suas principais variáveis são a potência, o tempo, a velocidade e a temperatura, que são definidas de acordo com o substrato e o shape (frasco).
O uso da tecnologia de termoencolhíveis é altamente indicado em produtos de alto valor agregado. Esses itens devem chamar a atenção do consumidor naqueles poucos instantes em que ele está dian­te das gôndolas do supermercado, provocando o impulso de compra. Esse rótulo pode ser encontrado em diversos segmentos, como brindes, cosméticos, produtos químicos e far­ma­cêu­ti­cos, produtos de hi­gie­ne e limpeza, alimentos, bebidas e produtos para automóveis.
A tecnologia ter­moen­co­lhí­vel produz embalagens com vi­sual mais atraen­te e fun­cio­nal, facilitando a comunicação e o processo de venda, despertando novas ideias e possibilidades no mercado. Dian­te das vantagens mercadológicas obtidas com seu uso, é possível prever boas perspectivas de crescimento no mercado de embalagens, tendência já observada nos paí­ses mais desenvolvidos.

 

Escrito por: Andressa Lé, Janayna Souza e Luciane de Lima são ex-­alunas do curso técnico de Pré-­Impressão da Escola Senai Theobaldo De Nigris.
Colaboraram Bruno Mortara e Marlene Dely Cruz, do Naipe – Núcleo de Apoio à Inovação e Pesquisa, na Faculdade Senai de Tecnologia Gráfica.

Qual o melhor processo de impressão para imprimir em materiais transparentes e obter cores vivas?

Os materiais transparentes são muito explorados no design por permitirem efeitos criativos sobrepondo a forma da embalagem, as cores dos produtos e a arte gráfica. Entretanto, são muito comuns as diferenças entre a proposta do designer de embalagem e o resultado impresso entregue para o cliente, após a impressão dos rótulos. Desconfortos à parte decorrente desse equívoco, a questão é simples e pode ser solucionada no momento inicial do processo de produção gráfica, quando são feitas as escolhas do processo de impressão, número de cores e finalização do arquivo. Na verdade, não há um processo de impressão melhor, mas as técnicas de pré-impressão e impressão adequadas ao visual esperado.

“CALÇO BRANCO”

A primeira questão a ser analisada é a qualidade de cobertura da tinta. Em superfícies transparentes não se pode esquecer que há uma interferência do fundo da embalagem sobre a arte criada. Essa sobreposição pode distorcer cores e modificar o resultado final da arte, comprometendo inclusive a leitura em alguns casos. Isso acontece porque as tintas para flexografia não cobrem o material o suficiente para evitar esse efeito, pois não são tão viscosas como as tintas serigráficas. Dessa forma, é preciso optar pelo “calço branco”, ou seja, a impressão de tinta branca pura “forrando” toda a área da arte para isolar o fundo da embalagem da arte impressa. A arte é impressa sobre a tinta branca garantindo a fidelidade das cores, melhorando a leitura dos textos pequenos e dos detalhes gráficos. Para que essa técnica funcione perfeitamente, o melhor é utilizar impressoras híbridas que somam serigrafia e flexografia para que o “calço branco” seja impresso na serigrafia (tinta de melhor cobertura) e o encaixe das cores seja preciso sobre o fundo. Na pré-impressão, o arquivo precisa conter toda a marcação da área branca que será impressa. Essa marcação deve ser enviada em vetor, chapada em uma cor pura e em curvas para facilitar o processo de gravação.

IMPRESSÃO EM BRANCO

Muito comuns em artes elaboradas e sofisticadas, as impressões que exploram apenas o branco sobre transparência estão em alta no design de embalagem. Uma técnica aparentemente simples, requer cuidados tanto no momento de criação do arquivo quanto nas escolhas de impressão. Deve-se evitar artes com linhas e grafismos muito finos, letras muito pequenas e verificar o contraste entre o fundo (cor da embalagem e do produto) e o branco. Uma dica importante é atentar que fundos escuros ressaltam mais a impressão em branco e facilitam a visualização dos rótulos nas gôndolas. Para que o resultado fique satisfatório, o mais adequado é imprimir em serigrafia (plana ou rotativa) em função da cobertura da tinta.

EFEITOS TRANSLÚCIDOS E SOBREPOSIÇÕES

Materiais transparentes também permitem efeitos de sobreposição incríveis que podem funcionar como diferencial no projeto de embalagem. Para isso, não é necessário utilizar a tinta branca como calço e sim imprimir a arte diretamente sobre a superfície, preferencialmente explorando as retículas na composição da arte. Quanto mais claras as retículas mais suaves as nuances e maior a interferência das cores do fundo na arte. Há também a possibilidade de intercalar Pantones para áreas chapadas com elementos reticulados. O mais importante no uso dessa técnica é prever a sobreposição entre o rótulo e a embalagem, analisar as cores e sua mistura e produzir uma amostra teste antes de imprimir o lote de rótulos. A flexografia atende perfeitamente a essa técnica. Fica sob a responsabilidade do designer a criatividade para diferenciação.

Quais as causas dos principais problemas na impressão flexográfica?

 

10 Causas e Soluções dos Maiores Problemas da Impressão Flexográfica

10- Variação do passo da fotocélula ou corte dos rótulos

Causas prováveis:

  • Engrenagem desgastados.
  • Passo do clichê diferente do passo da faca.
  • Dupla face errado.
  • Sincronismo no gearless

9 –  Decalque ou blocking

Causas prováveis:

  • Secagem muito lenta
  • O excesso de pressão no rolo rebobinado
  • Substrato de pelicula tratada em ambos os lados.
  • Substrato de filme fortemente plastificados.
  • Bobina muito quente quando rebobinada.
  • Flexo solvente: preso solvente na pelicula da tinta impressa.

Possíveis soluções:

  • Verifique secadores para calor e fluxo de ar, reduzir a viscosidade da tinta consistente com capacidade de ompressão aceitavel, consultar o fabricante de tinta.
  • Reduzir a tenção de rebobinagem
  • Evite pressão excessiva no embobinador, aplicar o pó, compensar a bobina antes de rebobinar.
  • Evitar pressão excessiva no rebobinamento. Aplicar o pó e compensar a bobina antes de retroceder. Overprint com verniz anti-blocking incolor.
  • Reduzir a temperatura da bobina em 5ºC da temperature ambiente.
  • Evitar o excess de refrigeração que permite a formação de condensação na superficie do filme.
  • Flexo Solvente: Verifique os secadores de calor e fluxo de ar.

8 – Riscos no anilox

Prováveis causas:

  • causados por poeiras, grão de areia, pedaços de metal, tinta seca e até insetos.

Possíveis soluções:

  • Não usar o pé para fechar a tampa do reservatorio. A bota pode estar cheia de pó e areia e certamente ira cair dentro da tinta.
  • Filtre sempre a tinta antes de colocar na impressora. Use tela metálica de 50 Micras como se fosse uma peneira.
  • Usar filtro magnetico. As limalhas de aço que saem do desgaste natural de faca vão para a tinta.
  • Mantenha os carrinhos de transporte de anilox e camisas muito bem limpos.

7 – Variações de registro

Possíveis causas:

  • Clichês colados errados
  • Excentricidade dos porta clichês.
  • Desbalanceamento dos porta clichês.
  • Jogo de camisas com variação de diametro
  • Rolos passantes desalinhados.
  • Rolo Puxador esta solto ou desbalanceado.

Possíveis soluções:

  • Fazer checagem geral nos porta clichés, medir diametro dos jogos de porta clichês, verificar se foi passado ao fornecedor dos porta clichês as informações corretas.
  • Conferir as engrenagens em máquinas de tambor central.

6 – Borrões e Manchas

São sujeiras impressas sobre ou fora da imagem.

Possíveis causas:

  • Fita adesiva que levanta por causa do solvente

Possíveis soluções:

  • Verificar as fitas adesivas utilizadas para prender as laterais e bordas dos clichês.

5- Falhas de impressão

Possíveis causas:

  • Clichê irregular ou amassado.
  • Dupla Face amassado ou muito usado.
  • Cilindro porta clichê desbalanceado
  • Camisa com depressão (causados por batidas por exemplo)
  • Ajuste ruim do anilox ou clichê.
  • Falta de um sistema de video impressão

Possíveis soluções:

  • Uma rotina de inspeção certamente pode resover boa parte desses problemas.
  • Analisar porta clichês e tambem as camisas ajudaram a perceber e mapear problemas de depressões nas camisas.
  • Entinte as camisas porta clichês.
  • Melhore os estoques das camisas

4 – Variações de cor

O que são: depois que o service foi acertado baseado na prova APROVADA e ASSINADA pelo cliente, durante a produção a cor não se mantém, podendo ficar forte ou fraca, clara ou escura.

O que o problema gera: a variação de cor esta entre os problemas mais graves e entre as maiores causas de reclamações de cliente.

Possíveis causas:

  • Falta de padronização nos diversos processos como integração da pré impressão (clichês, provas digitais, perfil de cores, escolha de retícula etc).
  • Com a impressão (tintas, dupla face, escolha dos aniloxes, escolha das facas, etc).
  • Falta de um metodo de acerto de cor preciso e que seja numerico e não somente na expertise do colorista ou impressor.
  • Anilox entope ou desgasta prematuramente.
  • Reposição de cor.

3 – Entupimento da retícula

Possíveis causas:

  • Erro na escolha de lineatura x lineatura e BCM do anilox que a empresa tem no inventário.
  • Má gestão da tinta durante o processo deixando a tinta ficar grossa, quer dizer viscosa ou com secagens desbalanceados.
  • Faca inapropriada para raspagem de anilox que é usadado para reticulas finas.
  • Muito pressão dos anilox
  • Má regulagem do clichê. Muita pressão.

2 – Marcas de engrenagens ou batidas

Possíveis causas:

  • Engrenagens desgastadas.
  • Conjunto Doctor Blade, cilindros anilox e porta clichês com folgas.
  • Estrutura da impressora não aguenta o peso dos grupos impressores.
  • Dupla Face escolhido errado
  • Ponta do eixo torto.

1 – Fantasmas ou fotografias

O que são: este defeito de impressão possui a aparencia de uma imagem tenue em uma área continua.

O Fantasma é sempre o mesmo tom de cor como chapado em que ele aparce porem a cor é mais fraca.

Possíveis causas:

  • O anilox entinta apenas uma area do clichê e descarrega a tinta nesse espaço. O Anilox vai para o doctor blade para preenchimento e o mesmo não preenche.

Possíveis soluções:

  • Em cores quando o fantasma esta ocorrendo trocar o anilox para um com o mesmo BCM, mas com lineatura mais baixa. Isso fara com que a transferência de tinta seja mais facil.
  • Com tintas a base de solvente e por vezes a base de água, a viscosidade pode ser baixada.
  • Verifique se a câmera doctor blade esta bem cheia no momento da impressão. Pode ser que falta tinta sufuciente para forçar as células a encher novamente.
  • Verifique se não ha vento ou ar do sistema entre cores incidindo sobre o anilox. Isso pode fazer com que a tinta seque e tambem favoreça o sistema.
Autor: Rubens Editor
Fonte: Eudes Scarpeta

Como escolher um processo de impressão?

Uma das maneiras mais eficazes de se classificar os processos de impressão é a partir da forma e do tipo de funcionamento da matriz que cada um destes processos utiliza. Assim, temos cinco grandes sistemas de impressão:

Planografia: Nos processos planográficos, não há qualquer re­levo que determine a impressão: a matriz é plana. É através de fenômenos físico-químicos de repulsão e atração que os elementos utilizados (tintas, água) se alojam nas áreas gravadas para sua reprodução no suporte (papel). O offset é um processo planográfico, assim como a litografia.

Offset: Sistema de impressão indireta que se baseia no princípio de que água e gordura não se misturam. Utiliza como suporte todos os tipos de papéis e alguns plásticos flexíveis. As máquinas offset podem ser planas ou rotativas. As planas rodam folha por folha, oferecendo melhor qualidade; ideal para impressão de cartazes, folders, livros, panfletos, folhetos. Já as rotativas, utilizam papel em bobina; ideal para trabalhos de grande tiragem como jornais e revistas.

O offset é o principal processo de impressão desde a segunda metade do século 20, garantindo boa qualidade para médias e grandes tiragens e praticamente em qualquer tipo de papel e alguns tipos de plástico (especialmente o poliestireno). Processo planográfico, originário da litografia, ele faz umaimpressão indireta: há um elemento intermediário entre a matriz e o papel, que é chamado de blanqueta. A imagem que está na matriz (que é metálica e é simplesmente chamada de chapa) é transferida para um cilindro coberto com borracha (a blanqueta) e, daí, para o papel. Em resumo: a matriz imprime a blanqueta e esta imprime o papel. O termo offset vem da expressão offset litography– que, ao pé da letra, significa litografia fora-do-lugar, fazendo menção justamente à impressão indireta (na litografia, a impressão era direta, com o papel tendo contato com a matriz).

Na segunda metade dos anos 1990, o offset passou a contar com um aperfeiçoamento fundamental: as máquinas dotadas de sistemas CTP (computer-to-press), que permitem a entrada dos dados de arquivos digitais diretamente na impressora, onde é feita a gravação das chapas e dispensando fotolitos. Apesar de pouco adequado, esta modalidade do processo tem sido chamada de offset digital.

Há seis elementos básicos no mecanismo do offset: a chapa, a blanqueta, o suporte (seja papel ou outro), o cilindro de pressão (que pressiona o papel contra a blanqueta), a tinta e a água.

O princípio da impressão é a repulsão entre a água e a gordura, que não se misturam. Por isso a matriz é plana: não é preciso relevo algum para que a tinta (que é gordurosa) se aloje nas áreas cravadas com as imagens que devem ser impressas, pois a umidade – que se aloja nas demais áreas – impede que ela se espalhe e “borre” estas imagens. Logicamente, é preciso regular a impressora para que as quantidades de tinta e de água sejam adequadas para que o mecanismo funcione devidamente.

Entintada, a chapa imprime a imagem na blanqueta e esta a transfere para o papel. A tranferência é garantida porque o papel é pressionado contra a blanqueta graças ao cilindro de pressão. A blanqueta é o grande segredo da qualidade da impressão obtida: a imagem impressa no papel fica mais nítida porque a blanqueta trata de conter excessos de tinta; a chapa tem uma durabilidade maior porque seu contato direto é com a superfície mais flexível da borracha; finalmente, o papel resiste bem ao processo porque não tem contato direto nem com a umidade nem com a maior quantidade de tinta da chapa (por ser viscosa, a tinta tenderia a fazer o papel aderir à chapa, rasgando-o).

Embora possibilite uma excelente qualidade de impressão, o mecanismo como um todo é em realidade frágil. Ele é instável: são necessários reajustes frequentes durante a impressão, para manter níveis adequados de tinta e umidade, tanto para evitar falhas e borrões quanto para manter a maior uniformidade possível nos tons das cores ao longo da tiragem. Há ainda outros “perigos”. O excesso de carregamento da tinta, já citado anteriormente, leva à decalcagem: a imagem impressa numa folha mancha ou cola o verso da folha seguinte pelo excesso de tinta, que, como observado, é viscosa. O excesso de umidade, por sua vez, poderá atrasar a secagem dos impressos (especialmente em nosso clima, que é naturalmente úmido). Retirar o material da gráfica sem que ele esteja devidamente seco é garantia de decalcagem e, consequentemente, de perda da tiragem. Um bom operador e um bom acompanhamento gráfico, todavia, têm como evitar estes problemas.

Offset Digital: Semelhante ao offset, esse processo possui duas características básicas. Primeiro, imprimi sem a utilização de água; segundo, utiliza uma espécie de platesetters embutida no maquinário (entrada digital de dados – direto do computador para a impressora offset) – sistema conhecido como CTP – computer-to-press.

A utilização do termo Offset Digital é discutível; alguns profissionais utilizam o termo offset seco. O importante, entretanto, é que a tecnologia impede problemas de registro, impede a variação das tonalidades das cores no decorrer das tiragens e mantém a relação custo x benefício: quanto maior a tiragem, menor o custo unitário.

Eletrografia : A matriz é plana como nos processos planográficos, porém as áreas que serão impressas são determinadas, seja na matriz ou no próprio suporte, a partir de fenômenos eletrostáticos – e não físico-químicos. É o caso de processos recentemente desenvolvidos para a produção industrial, como a impressão digital, a eletrofotografia e a xerografia. A terminologia para estes processos ainda não está consolidada, sendo referidos também como processos digitais, processos eletrônicos etc. devido ao fato de que os originais se constituem em dados informatizados, com entrada via computador.

Impressão Digital: Impressão feita de forma eletrônica. Através de impressoras laser, os arquivos de dados vão direto para o papel. Esse processo possibilita a impressão de trabalhos em pequenas quantidades, sem usar fotolitos ou chapas.

Duas grandes desvantagens desse sistema são: a qualidade de impressão inferior aos processos tradicionais e o inconstante gerenciamento de cores.

Permeografia: Impressão realizada mediante uma matriz permeável. Os elementos que serão impressos são formados por áreas permeáveis ou perfuradas da matriz, como na serigrafia.

Serigrafia: Sistema de impressão direta, também conhecido como silkscreen. Utilizando uma tela permeável de finíssimos fios sintéticos (seda ou náilon), pode-se imprimir em variados suportes: metais, cerâmica, tecidos, cartões, papéis ásperos, vidros e plástico. A serigrafia manual é típica na impressão de cartazes lambe-lambe. Mas a serigrafia é muito utilizada para impressão de materiais para sinalizações de ruas, papéis de parede, eletro-eletrônicos, reproduções de grande formato e rótulos de CD.

A qualidade da impressão depende da densidade da tela, do equipamento, da qualificação da mão-de-obra e do original a ser reproduzido. Pode-se conseguir uma impressão de baixa, média ou alta qualidade para pequenas e médias tiragens.

Atualmente, a impressão digital como plotters de tinta ou corte eletrônico vem substituindo o uso da serigrafia na impressão de materiais para sinalizações e de cartazes de baixa tiragem.

Relevografia: Impressão realizada mediante matriz em alto relevo. Os elementos que serão impressos ficam em relevo na matriz e são entintados, imprimindo mediante pressão sobre o suporte. É o mesmo princípio dos carimbos. A flexografia e a tipografia são processos relevo-gráficos.

Tipografia: Criado por Gutenberg (entre 1445 e 1453), é o método mais antigo de impressão direta, dominando o cenário da reprodução gráfica por quase cinco séculos. É a arte de imprimir e compor com tipos (pequenos blocos metálicos que contém um caracter em relevo). Montados lado-a-lado, esses tipos compõem o texto, formando a matriz (rama) para impressão. Já as imagens são reproduzidas através de clichês (traço ou meio-tom) metálicos ou de plástico (século 20). A partir do século 19 os tipos móveis foram substituídos pela linotipo, assim, as ramas passaram a ser compostas por linhas inteiras, agilizando um pouco a reprodução de jornais, livros e revistas. Atualmente, a tipografia é utilizada em gráficas de baixo custo para a confecção de impressos padronizados (notas fiscais, talões de pedidos, formulários numerados), peças com pouco texto (convites, cartões de visitas) e também para acabamento em materiais.

Flexografia: Processo de impressão direta originado dos EUA, por volta de 1853. É muito utilizado para impressão de embalagens por apresentar custo baixo para grandes quantidades de impressão em suportes irregulares, tridimensionais e flexíveis como celofane, folhas metálicas, plásticos e vidros. As impressoras flexográficas utilizam sistema similar ao tipográfico, entretanto, elas realizam praticamente todas as etapas de acabamento como plastificação, recorte, dobra e colagem. A flexografia é indicada para impressos a traço pois apresenta rendimento insatisfatório para impressão de meios-tons (retículas). Entretanto, a era digital vem colaborar e desenvolver o sistema flexográfico de impressão, garantindo cada vez mais a qualidade da impressão.

Encavografia: Utilizando justamente o mecanismo inverso ao da relevografia, baseia-se numa matriz em baixo relevo. Os elementos que serão impressos são formados por sulcos em baixo relevo na matriz, que armazenam a tinta que será transferida para o papel ou outro suporte mediante pressão. É o caso da rotogravura.

Rotogravura: Sistema de impressão direta, desenvolvido na Alemanha por volta do século XIX. Recomendado para projetos gráficos de altas tiragens e que exige grande qualidade na impressão.

Com uma alta velocidade de impressão e com qualidade uniforme, a rotogravura imprimi nos mais diversos suportes: papel, papelão, tecido, metal (lataria). Sendo muito utilizada para impressão de rótulos e embalagens, revistas, livros didáticos, livros de arte e impressos de luxo.

COMO ESCOLHER O PROCESSO

Embora em grande parte dos casos em design gráfico a opção seja o offset, esta decisão não deve ser um procedimento “automático”. Para definir o processo, devem ser levados em conta parâmetros que envolvem não apenas a qualidade final do impresso requerida pela situação de projeto, mas também custos, prazos e operacionalidade da produção. Assim, devem ser levados em conta:

01. As deficiências e vantagens apresentadas pelo processo e sua adequação às necessidades do projeto. Se é indispensável a reprodução de fotos, por exemplo, alguns processos são imediatamente descartados, pois apresentam deficiências neste aspecto.

02. A tiragem. Se bastam 500 exemplares, alguns processos devem ser deixados de lado, pois só se tornam viáveis para tiragens maiores ou mesmo apenas para altas tiragens.

03. O custo médio do processo – o que em geral está diretamente ligado à tiragem. Alguns processos apresentam um alto custo fixo (para a produção da matriz, por exemplo), que só se compensa com uma tiragem grande. Este custo, então, fica diluído pelo custo unitário de cada exemplar, apresentando uma boa relação custo x benefício. Se a tiragem for baixa, no entanto, eles levam a um aumento injustificável do custo.

04. O suporte que será utilizado (papel, papelão, vinil etc.) Nem todos os processos são adequados a qualquer suporte.

05. A oferta e a operacionalidade de fornecedores. Um processo pode se revelar o mais adequado, mas se não houver uma gráfica que possa viabilizá-lo, por questões de preço, localização ou equipamentos, não terá como ser utilizado.

06. O conhecimento prévio do processo ou ao menos a possibilidade de obter este conhecimento antes da projetação ou, ao menos, do processo de produção. Se quem produzirá ou acompanhará a produção não conhece o processo, talvez seja melhor não arriscar.

07. A usabilidade. É preciso levar em conta se o resultado será adequado ao uso que se pretende dele. Um caso típico de má administração desde tópico é a aplicação do corte eletrônico para a implementação de placas de sinalização afixadas ao alcance do usuário em situação de tensão ou ócio – como em terminais de transportes, salas de espera etc. O processo utilizado torna-se um elemento facilitador para a degradação do produto, embora possa ter produção mais rápida, custo mais baixo e aparência mais “moderna” (cf. Mouthé, Claudia. Mobiliário urbano. Rio de janeiro: 2AB, 1998).

A RELAÇÃO CUSTO BENEFÍCIO

A regra fundamental em qualquer investimento é a relação custo x benefício: o custo só pode ser considerado alto ou baixo se comparado ao benefício que ele traz. Assim, um custo monetariamente baixo pode tornar-se alto porque o benefício que ele trará será insignificante, ou mesmo acarretará prejuízos posteriores. Em contrapartida, uma opção de investimento mais cara pode trazer benefícios significativos a curto ou a médio prazo – e, assim, este custo se revela efetivamente baixo. O mesmo raciocínio deve ser aplicado na produção gráfica.

Um exemplo são os processos eletrográficos. Eles têm como característica o alto custo da cópia unitária, em contraposição a processos mecânicos (como o offset). No entanto, são mais rápidos e dispensam fotolitos e matrizes físicas, o que pode compensar, nas baixas tiragens, este custo unitário maior. É o raciocínio da pequena escala.

Outro exemplo, muito comum: é necessário valorizar o impresso, mas sem aumentar custos. A opção mais convencional é a policromia sobre papel couché, que tem custo alto mas resultado garantido. Uma alternativa, neste caso, é a impressão em duas cores sobre um papel diferenciado, seja pela textura ou pela cor. A relação custo x benefício é melhor: o benefício pode ser semelhante, mas a um custo mais baixo.

É necessário assim ter em vista a heterogeneidade dos processos disponíveis e sua adequação a cada caso. Há hoje muitos processos, insumos e recursos de acabamento disponíveis, e a combinação entre eles pode trazer excelentes resultados por custos relativamente baixos. Desta forma, qualquer processo de reprodução gráfica deve ser levado em conta se ele apresentar uma boa relação custo x benefício.

 

Referências Bibliográficas

BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: SENAC São Paulo, 1999
OLIVEIRA, Marina. Produção Gráfica para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2000

Fonte: paulocinti.files.wordpress.com/2008/02/sistemas1.doc – Acesso em 01 de dezembro de 2012.

Qual a importância da produção gráfica no projeto de embalagem?

A importância da produção gráfica nos projetos de embalagem

Por Paula Nascimento

Desde a antiguidade, as embalagens estão presentes na vida do homem. Nesta época, elementos como troncos de árvores, pele de animais e ossos eram usados como embalagem para o armazenamento e apoio dos alimentos.

Com o passar dos anos e o surgimento do comércio, os supermercados apareceram e mudaram completamente o cenário das embalagens. Foi neste período que a concorrência surgiu dando origem aos esforços de apelo de venda. Atualmente, as embalagens estão presentes na maioria dos produtos que consumimos sendo que mais de 50%, produzidas no Brasil, tem como destino o setor alimentício.

Muito além das propriedades físicas para transporte e armazenamento, as embalagens do mundo moderno possuem funções simbólicas, apresentadas em sua aparência, que é obtida por meio do uso correto da produção gráfica e do design. Estes fatores geram embalagens elaboradas e completas.

Muitas delas são tão aprimoradas que se transformam em presente, como é comum na indústria de chocolates. Esse alimento por si só já possui, historicamente, valor agregado, o que possibilita o seu uso em presentes e momentos comemorativos. Por isso, as embalagens desta categoria de alimentos traduzem essa realidade.

Diante deste novo cenário, é possível comprovar a importância do bom desenvolvimento de um projeto de embalagem. Um planejamento de metodologias e fluxo de criação deve ser amplo, cuidadoso e eficiente, pois é isso que define o sucesso ou fracasso de um produto ou de uma marca. A produção gráfica está presente em praticamente todas as etapas do delineamento de uma embalagem e influencia na qualidade final do produto.

Embora com representativa presença na área de embalagens, muitas vezes a produção gráfica não recebe a devida atenção dos profissionais envolvidos no processo de produção deste material. Boas embalagens não dependem somente de uma ótima conceituação ou ideia, mas de uma expressiva base de produção gráfica, que permita a seleção correta de insumos e processos.

Entender os conceitos produtivos e ajustá-los ao projeto é fator essencial para o sucesso de uma embalagem. A indústria alimentícia apresenta uma numerosa gama de materiais e formatos em suas embalagens, talvez a maior do setor. Isso possibilita a criação de propostas inovadoras que aumentam consideravelmente o valor agregado dos seus produtos e valorizaram a marca. Isso sem esquecer, é claro, que para a realização dessas propostas modernas, é necessário a base de produção gráfica, responsável por transformar em realidade e materializar os conceitos de cada projeto.

 

Paula Nascimento é formada em Design Gráfico na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e pós – graduanda em Gestão Estratégica de Tendências Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Na Ibema, trabalha há dez meses como Analista de Suporte Técnico – Pleno.

Acabamento digital e convencional: unidos pelo nascimento, separados nas necessidades.

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 Por Ivy Sanches

O processo gráfico digital, comparado ao processo con­ven­cio­nal, tem características diferentes que interferem diretamente na concepção do lay­out da gráfica, no fluxo de trabalho e também nas práticas operacionais, incluindo consequentemente o perfil dos colaboradores, que precisam ter o conhecimento adequado e o domínio das técnicas específicas compatíveis aos equipamentos e ao ritmo dos serviços prestados. Hoje, o que notamos no mercado de impressão digital é que seu crescimento muitas vezes está ligado às ações de empresas de pré-­impressão, as quais, no desenvolvimento natural de seus ne­gó­cios, passam também a oferecer serviços de impressão digital.
Além disso, as gráficas que atendem a grandes e mé­dias tiragens tendem a implantar em seus parques gráficos setores dedicados à impressão digital com o intuito de rea­li­zar trabalhos especiais e também atender integralmente às necessidades de seus clien­tes. Mas, olhando mais de perto para esse cenário — que se expande em todo o mundo, inclusive no Brasil, em ritmos bem pe­cu­lia­res —, notamos algumas ressalvas. A inserção de equipamentos de impressão e alta tecnologia para atender a contento à demanda e à rapidez do mercado digital gera discussões e rea­va­lia­ções nos processos e nos equipamentos de pós-­impressão.
O todo tem de interagir de forma perfeita e integrada para suprir as expectativas de prazo, qualidade e preço, pois, nesse mercado, que já é bastante competitivo, não existe espaço para falhas, atrasos, custos e perdas des­ne­ces­sá­rias.
Equipamentos e mão de obra têm que ser pertinentes à fluidez do processo e a configuração do equipamento de impressão deve ser coe­ren­te com a dos equipamentos de pós-­impressão e processos de be­ne­fi­cia­men­to.

Acabamento: necessidades específicas
Os processos de pós-­impressão tradicionais, incluindo as ações básicas de acabamento, como refile, vinco, dobra e al­cea­men­to, são ne­ces­sá­rios também nos produtos da impressão digital e a qualidade exigida é a mesma, porém o tempo de acerto é outro.
Salvo raras exceções, pensar num todo no fluxo de trabalho con­ven­cio­nal e digital (incluindo a pós-­impressão) exige que se atente a algumas diferenças importantes. O timing de ambos os processos é diferente. Nos processos convencionais, o tempo de acerto é outro, o tempo para se ter a primeira impressão com condições de uso é outro. Sendo assim, a chegada do produto impresso para finalização também tem seu ritmo próprio, por mais ágeis e automatizadas que estejam se tornando as funções de impressão hoje em dia.
Se analisarmos fria­men­te o tempo geral de produção (impressão e acabamento) de um método con­ven­cio­nal offset e de um sistema digital, notaremos que, se usarmos os mesmos métodos de acabamento, trabalharemos com uma perda de tempo considerável, com um desperdício de ma­te­rial inaceitável e, portanto, no cômputo geral, a gráfica ficará com dificuldade de fechar sua balança.
Por exemplo, a matéria-­prima utilizada para o acerto dos equipamentos tradicionais corresponde a uma boa parte da tiragem de um produto pro­ve­nien­te de impressão digital, ou seja, é impossível perder 10 folhas em uma tiragem de 100 ou 200 exemplares. O fluxo do processo produtivo também tem de ser contínuo no digital. Em gráficas que já “nascem” digitais,geralmente há menor resistência e a tendência é procurar investir em equipamentos com tamanho, setup e tecnologia compatíveis ao mercado digital.
A gráfica que nasce digital geralmente procura o máximo de competitividade e qualidade e, portanto, não tem dúvidas na hora da escolha de equipamentos que permitam e possibilitem um fluxo de produção coe­ren­te para gerar lucros e não permitir perdas e desperdício.
Contudo, nas gráficas que atendem tiragens maiores e investem no segmento digital pelas razões já citadas, há a tendência de tentar aproveitar os equipamentos e o fluxo de pós-­impressão já existente. Essa prática geralmente prejudica a receita, pois, além do gargalo no setor de acabamento, gera-se um pre­juí­zo no fluxo de serviços maiores (não ne­ces­sa­ria­men­te mais importantes). Nesses casos, o setor da impressão digital passa a ser um problema ao invés de gerar di­fe­ren­cial à gráfica e alternativas de soluções aos clien­tes, o que prejudica ob­via­men­te o retorno rápido e esperado do investimento feito nas caras máquinas de impressão digital.

Enobrecimento digital
A questão vai além da simples adequação do acabamento à impressão digital. É comum, quando se pensa num impresso digital, que se trabalhe o lado emotivo do clien­te, a di­fe­ren­cia­ção não somente pela personalização como também por outros atrativos compatíveis à produção de peças promocionais muitas vezes uni­tá­rias.
Os processos de be­ne­fi­cia­men­to como verniz UV e hot stamping na impressão digital são muitas vezes suprimidos devido ao alto custo e à in­via­bi­li­da­de de terceirização em tiragens baixas. Isso contraria as necessidades e expectativas dos clien­tes de produtos pro­ve­nien­tes de impressão digital que buscam as mesmas alternativas de enobrecimento que o processo con­ven­cio­nal em mé­dias e altas tiragens permite.
Os processos de enobrecimento atual­men­te também são possíveis e acessíveis nas produções sob demanda. Hoje, convites ou qualquer outro impresso podem ser finalizados com técnicas dehot stamping em que a fita adere diretamente ao toner sem a necessidade de confecção de clichês ou matriz e ainda simula a aplicação de verniz UV, além da laminação holográfica. Isso possibilita agregar valor ao produto gráfico sem aumentar custos, uma vez que o equipamento é compacto e relativamente barato, além de integrar-se às novas tec­no­lo­gias, pois, por não ter clichê, permite a confecção de dados variáveis em hot stamping.
Já existem equipamentos dedicados, compactos, rápidos e principalmente acessíveis para a pós-­impressão no mercado digital. Hoje é possível ter vinco e dobra si­mul­ta­nea­men­te, serrilhas, vincos perfeitos nas impressões a laser, alceadeiras práticas e precisas pensadas e cons­truí­das es­pe­cial­men­te para atender impressões sob demanda visando garantir produtividade, aperfeiçoar a qualidade e otimizar lucros.
Portanto, as possibilidades e adequações técnicas devem se moldar às expectativas e necessidades impostas pelo mercado. Ser conciso na tomada de decisões e na aquisição de equipamentos gráficos é fundamental, pois um fluxo adequado com equipamentos dedicados e corretos po­ten­cia­li­za os resultados na qualidade, atendimento de prazos, receita e rápido retorno de investimentos.

Ivy Sanches é professora de Produção Gráfica na Unip (Universidade Paulista) e assessora de diretoria na Diginove.

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